quarta-feira, maio 30, 2007


Mariana Aydar - Kavita 1 (2006)



Dona de uma voz doce que nunca sai do tom, ela chamou minha atenção em uma noite em que assistia à tv. Passava um clipe bacana, uma música com um leve tom malicioso, uma bela morena sabendo interpretar na voz e no corpo essa delicada malícia e sim, meias a lá Amanda Palmer, daquelas listradas que eu acho genial.


Tempos depois, fui procurar o disco e mais sobre essa garota que me encantou. O disco é ótimo, uma mistura do novo com o clássico, de Rodrigo Amarante com Leci Brandão (que aliás participa do disco na música 'Zé do Caroço', de sua autoria).


Aclamada como 'a nova voz da MPB' e sempre vindo em primeiro lugar de quem ela é filha, prefiro a alcunha de 'uma mulher que tem domínio da sua voz e de seu talento'.


(E só para matar a curiosidade, 'Kavita' é poeta em sânscrito)

domingo, maio 27, 2007


- Isso até parece ‘déjà vu’.
- Isso o quê?
- Ela.
- Ela quem?
- Ela quase me atropelando.
- Você a conhece?
- Sim.
- De onde?
- Daqui.
- Ela trabalha por aqui?
- Sim.
- Nas lojas?
- Sim.
- E ela já quase te atropelou antes?
- Sim.
- Qual o nome dela?
- (...)
- Vai, fala direito.
- Por que?
- Por que fiquei curiosa.
- (...)
- Vocês já tiveram algo?
- Pode-se dizer que sim.
- Quando?
- Antes.
- Antes do quê?
- Antes de tudo.
- Antes de mim?
- Não só de você.
- Tá, entendi.
- (...)
- Paixão fulminante?
- Por que diz isso?
- Pela sua expressão.
- Sim.
- Me fala.
- Não tem por quê.
- Tem sim.
- (...)
- Ela foi a primeira mulher com quem transou?
- Sim.
- Quantos anos?
- Ela tem?
- Não, você tinha.
- Foi antes.
- Você já disse.
- (...)
- O que você quer saber?
- Como se conheceram?
- Eu estava aqui um dia, carregava algo de vidro, não me lembro exatamente o quê, ela passou rápido com o carro, quase me atropelou, ao desviar deixei o objeto cair.
- E?
- Ela desceu, pediu desculpa, disse que estava com pressa, me deu um cartão para eu ligar para pagar o prejuízo com o objeto. Depois de um tempo eu liguei.
- (...)
- E o que mais?
- Mais nada. Passado pouco tempo eu ou ela, não sei ao certo, acabou que nos afastamos, nunca mais nos falamos.
- Por que?
- Por que o quê?
- O que aconteceu para nunca mais se falarem?
- (...)
- Você me contou só duas partes da história, das suas trilogias.
- O que mais você quer que eu fale?
- O meio da história, o que aconteceu, como aconteceu, como ela era, o que te fez ficar com ela e não com outra. Você tem dessas coisas.
- (...)
- Ela ainda mexe contigo!

sábado, maio 26, 2007

Ando pensando em escrever algo.
Assim que essa etapa (do pensar) se esgotar, escrevo.
Prometo.

sexta-feira, maio 25, 2007


Gosto de passar despercebida. Nunca fui a mais popular, a mais bonita, a mais simpática, a mais procurada, mas também nunca fui a mais feia, a mais grossa, a mais esquecida. Era aquela que passava como qualquer outra pessoa que não chamava a atenção.
E sempre preferi assim.
Porém parece que as coisas, contra a minha vontade, estão mudando. Pessoas me observam no ônibus, pelos corredores, alguns interpretam mal minhas atitudes, isso só o que eu fiquei sabendo. Continuo a pessoa medíocre (eu poderia usar ‘mediana’ aqui, mas o sentido seria o mesmo, apenas amenizaria a forma de expressão, o que não me interessa no momento) de antes, não sei o que mudou, mas as pessoas usam meu nome em vão, sabem quem eu sou, o que faço, falam das minhas roupas e isso está me deixando completamente maluca.
Esses dias andei pela faculdade olhando para os lados, como se eu estivesse sendo vigiada, tentando ver quem estava me observando, quem eram e o que queriam e claro que não obtive nenhuma resposta.
Eu não reparo em ninguém, não costumo saber o que fazem, como e o por quê.
Quero de volta a reciprocidade.

quarta-feira, maio 23, 2007

Estava aqui me perguntando como foi que conheci o Au Revoir Simone e descobri: resenha em site indie (infelizmente também tenho meus deslizes).
Eu gosto de nomes, algumas das bandas que mais gosto conheci por ver o nome e simpatizar com ele e essa é mais uma delas, por sorte, geralmente essa tática da certo.
A banda é formada por três garotinhas, suas doces vozes e seus respectivos sintetizadores. São elas, Heather D’Angelo, Erica Foster e Annie Hart.
O nome, que chamou minha atenção, faz referência a um personagem secundário do filme "Pee Wee’s Big Adventure" (As Grandes Aventuras de Pee-wee), dirigido por Tim Burton.
Esse disco, 'The Bird Of Music', é o segundo delas (o primeiro está logo abaixo), um tanto mais elegante e menos animadinho que o primeiro, mas que continua simples e sem exageros.
À aqueles que tiverem interesse, divirtam-se....






'The Bird of Music'





Link




segunda-feira, maio 21, 2007


Belo conto de fadas:

Uma meiga garota encontra o homem da sua vida que é lindo, charmoso, meigo e, principalmente, apaixonado. Ele a pede em casamento, ela aceita. Os planos são seguidos, compra de apartamento, vestido, convites. Até que ela encontra um outro homem. Ele é mais velho, nada gentil, um tanto quanto bruto. Eles se beijam e começa então um intenso caso extraconjugal de ambas as partes.

(Ainda não é o fim da história, por enquanto)

Quando me contaram isso confesso que fiquei chocada. Não pelo fato de ficar com um homem e ficar com outro, nada disso, mas pela naturalidade com que me foi falado. Não critico casos extraconjugais, cada um faça como bem entender, porém a facilidade com que me diz estar enganando uma pessoa que a ama, o jeito com que diz sair com um e ainda amar o outro me causa grande estranhamento.

Não consigo entender como isso acontece. Se você gosta de determinada pessoa, está com ela, o que faz com que sinta atração sexual, tesão ou como queria chamar por outro alguém? Se está com uma pessoa e faz isso é por quê só uma parte sua está com ela, se tem um relacionamento e ainda assim se interessa por outra pessoa é porque você não está inteiramente nesse relacionamento?

Isso não é deslealdade? Se quer ficar com dúzias de pessoas ao mesmo tempo, pois que fique, aproveite, se divirta, mas que todos cada um saiba como são as coisas, saiba que não é o único, que não haja mentiras nem enganações.

O que me impressiona são as promessas de algo que se sabe não ser capaz de dar. Se você não quer nenhuma relação mais séria, que aquele com quem você transa saiba disso, para que caso alguma das duas partes mude de idéia não poder falar que foi enganado. Talvez isso seja apenas uma artimanha para não ter dor de cabeça depois, mas é uma artimanha sincera, sem grandes ilusões. Mas se você se diz capaz de ser leal, se diz ser de confiança, tente ao máximo cumprir com sua palavra, tente ser honesto e ao encontrar outro ser que o encante, que o interesse, também tente ser sincero e leal e que se afaste da atual pessoa antes de ter que mentir.

segunda-feira, maio 14, 2007

[delay]

Antes um palco, câmeras, uma apresentadora, e dinheiro no bolso, do que ser macaco de auditório. Além claro dos peitos, sim, os peitos. Nunca um par de peitos me deixou tão feliz, mas posso dizer que depois de quinze minutos é a coisa mais comum do mundo, sei que podem duvidar, então, que duvidem.


Como disse o Ronaldo, aquilo foi uma briga de classe social. Com certeza, diria a Dani. Eu ficaria mudo, e o Mauricio provavelmente iria rir após um breve comentário pouco sarcástico.


E a convicção Anhembistica pelo chão...


domingo, maio 13, 2007

Na fila de um hipermercado qualquer, noite, sexta-feira. Algo bem simples, nada incomum, mas minha cabeça voa, penso nas possibilidades, na diversão colorida e repentina da surpresa alheia em carne pelo chão. A fila não anda. Fauna característica, e a demência ainda mais alta. Caixa Rápido é a senhora sua mãe em praticas sexuais nada usuais. Seria um espetáculo rico em detalhes, dezenas de partes em um único plano. Diversão colorida e repentina da surpresa alheia em carne pelo chão. Seguro apenas um item, o suficiente pra suprir meus desejos, uma tesoura de jardim, dessas com lâminas de trinta centímetros. Não há como negar, divertido seria.

quarta-feira, maio 09, 2007

quarta-feira, maio 02, 2007

"Deixa eu decidir se é cedo ou tarde
Espere eu considerar
Ver se eu vou assim chique à vontade
Igual ao tom do lugar

Enquanto eu penso você sugeriu
Um bom motivo pra tudo atrasar
E ainda é cedo pra lá
Chegando às 6 tá bom demais
Deixa o verão pra mais tarde

Deixa
Deixa o verão
Deixa o verão pra mais tarde

Não to muito afim de novidade
Fila em banco de bar
Considere toda hostilidade
Que há da porta pra lá

Enquanto eu fujo você preparou
Qualquer desculpa pra gente ficar
E assim a gente não sai
Esse sofá ta bom demais
Deixa o verão pra mais tarde"

Mariana Aydar
Compositor: Rodrigo Amarante