sábado, novembro 29, 2008

Tentaram enforcar as palavras em uma daquelas cerimônias publicas, mas a corda acabou por romper. Há quem fale em uma nova data, há quem fale por falar e há aqueles que se calam por gostarem de cordas.

quinta-feira, novembro 13, 2008





Frank x Frankenstein







segunda-feira, setembro 22, 2008



Sabe como é, uma coisa puxa a outra...




terça-feira, setembro 16, 2008

segunda-feira, setembro 08, 2008

"A história nada mais é do que o suceder-se de gerações distintas, em que cada uma delas explora os materiais, os capitais e as forças de produção a ela trasmitidas pelas gerações anteriores; portanto, por um lado ela continua a atividade anterior sob condições totalmente alteradas e, por outro, modifica com uma atividade completamente diferente as antigas condições, o que então pode ser especulativamente distorcido, ao converter-se a história posterior na finalidade da anterior, por exemplo, quando se atribui à descoberta da América a finalidade de facilitar a irrupção da Revolução Francesa, com o que a história ganha finalidades à parte e torna-se uma 'pessoa ao lado de outras pessoas' (tais como: 'Autoconsciência, Crítica, Único', etc) , enquanto o que se designa com as palavras 'destinação', 'finalidade', 'núcleo', 'idéia' da história anterior não é nada além de uma abstração da história posterior, uma abstração da influência ativa que a história anterior exerce sobre a posterior."
A Ideologia Alemã

Portanto, você é resultado da história, de tudo o que foi produzido pela humanidade antes de ti, porém não é controlado e muito menos determinado por ela.

sábado, setembro 06, 2008

Não existe dilema maior do que pensar em dormir mas ter preguiça pra isso. E quando dormindo, não querer acordar. Pior apenas quando sei que vou ter que acordar em um determinado horário. Fico pensando e pensando nisso e acabo deixando de dormir, já quando consigo, o tempo é insuficiente. Então a preguiça em acordar novamente, o arrependimento por não ter ido dormir antes do que fui e aquela vontade de apagar o mundo no meu travesseiro. Motivos para deixar de dormir são inúmeros, pra acordar são poucos.

quarta-feira, agosto 20, 2008

terça-feira, agosto 19, 2008


O verbo:

polir


O Sigificado:

do Lat. polire

v. tr.,

tornar lustroso pela fricção;
dar brilho a;
alisar;
brunir;

envernizar;
civilizar;
educar;


O verbo “polir” no presente do indicativo:




O Exemplo:

Eu pulo o carro


segunda-feira, agosto 18, 2008

quinta-feira, agosto 07, 2008

Adoro isso:
Ladrão de galinha pode sair algemado, é bandido;
Banqueiro não pode sair algemado, é abuso de autoridade.

segunda-feira, agosto 04, 2008

Anselmo, faça cinema, por favor!

quinta-feira, julho 31, 2008


“Crime Mala:

Estudante Inglesa é esquartejada pelo namorado”


Manchete do programa “Brasil Urgente”, minutos atrás.

Depois o “mala” sou eu.


quarta-feira, julho 30, 2008

A Sonia Abrão - atualmente no comando do programa “A Tarde é Sua”, veiculado pela Rede Tv - se define como uma jornalista, critica de televisão e apresentadora. Quanto ao “apresentadora”, nunca discordei, já que se pôr frente a câmeras e falar e falar e falar, qualquer ser é hábil pra isso, qualquer um. Mas quanto ao “critica”, andei pensando sobre (!) e cheguei a conclusão que também concordo com a tal definição. Afinal, falar sobre algo é uma coisa, fazer é outra. Ética nem sempre caminha com profissionalismo, se é que conseguem, diga-se. Entretanto, admito o valioso serviço que ela presta aos “grandes ícones” da tv brasileira, que tanto batem a cabeça pensando que tudo aquilo pelo que ansiaram passar, e até mesmo passaram, seria eterno. De estrelas infantis com síndrome de Peter Pan, passando por cantores popularescos sem a aura do jabá ,à ex-musas agora com rugas. Viva a tia Sonia, pelo bem humano que pratica, reciclagem é fundamental em tempos tão efêmeros que paradoxalmente nunca deixam de passar. Ela deveria ser isenta de impostos por serviços prestados à população. Outra, carisma é fundamental para uma aposentadoria, relativamente, mais segura. Sem esquecer, claro, de toda a sua beleza e sensualidade.

segunda-feira, julho 28, 2008

Boca miúda de lábios finos, cabelos presos e sandálias surradas. Pele rósea de enclausuramento por longos anos de uma puberdade travestida em bons costumes propagados entre as gerações femininas da família. Mãos pequeninas e gordas seguram um livro, que não chego a descobrir qual, seguindo o movimento ferroviário. Se deixar ela come seus próprios lábios, ou acabará engolindo por falta de atenção ou ansiedade. No dia em que se tornar mãe, nascerá uma replica mais que perfeita daquela que ouve a missa do padre marcelo na cozinha, enquanto a filha se masturba no quarto sonhando por uma trepada cara a cara.

sexta-feira, julho 25, 2008

Creio que todo grande ser não passa de uma babaca, e todo babaca não passa de um grande esperto. Esperto é ser babaca. Nada que me instigue muito, começando pelo termo tão escolar, atente para ele: Ba-ba-ca. Mais fácil que escrever Ca-va-lo no caderno de caligrafia.

quinta-feira, julho 24, 2008



Tento ler, mas é em vão, me falta foco

(ou saco travestido de intelecto).



quarta-feira, julho 23, 2008

Quando crianças a imaginação é fértil, lugar comum afirmar isso, mas não incoerente. Não há barreiras para se imaginar uns anos longe dali. Imagina aquilo que vai ter, onde estará ou fazer. Difícil é ver tudo isso do futuro. Quem se imaginava como caixa de supermercado, mãe, cobrador de ônibus ou mesmo em não mais existir? Não subestimo tais posições ou estados, só me faço ainda um pouco como aquele que imaginava.

terça-feira, julho 22, 2008


- Consegue ver?
- Não..
- Sorte a sua.

segunda-feira, julho 21, 2008

domingo, julho 13, 2008

Me falta uma boa dose de citações primorosas na ponta da língua pra ser considerado algo. Quem sabe se eu decorar algumas achadas na rede, ou até mesmo comprar um desses livros com dezenas delas. E assim, no meio de uma conversa qualquer com conhecidos ou não (de preferência), pôr em desfile minha incrível capacidade decoristica, camufladamente cult. Ser, ou melhor, me tornar digno de um “Você é Foda”, mesmo que indireto ou sem palavras pronunciadas. Frases, nomes, versos, anos, tudo cuidadosamente direcionado e selecionado. Para cada qual, uma tal, como flechas precisas para o abate.

sábado, julho 12, 2008

Somam se anos em que ouço sempre as mesmas baboseiras quando o assunto é vídeo-game, má influencia, sedentarismo, burrismo agudo e afins. O que não deixa de ser engraçado, pois o papo em voga hoje é o tal mundo convergente, tudo em apenas um. Mas esse mesmo tópico chega a ser retrogrado pra quem acompanhou a evolução dos consoles e seus acessórios. Tudo bem que hoje eu não mais posso discorrer com propriedade sobre isso, por uma mera questão de abandono provocada por teor financeiro, mas isso não me tira o direito resguardado. E convenhamos que, entre a simulação gerada por polígonos e pixels de um assassinato ou qualquer outro ato ilícito ou repudiado socialmente, armado de um controle em mãos, e sua execução fisicamente plausível, fico com a primeira opção. Mesmo que a simulação esteja presente em ambos os casos.

domingo, junho 29, 2008

Frio é assim, as extremidades parecem querer quebrar e partir por ai sem você, ombros arqueados e o queixo beija o colo. Frio é assim, relativo. Penso então na relatividade do frio e durmo, ouvidos abertos e pés cobertos.

segunda-feira, junho 23, 2008

Existem certas coisas que costumam facilitar o contato entre os chamados seres humanos (além de um fator meramente pessoal que atende por desinibição) como cigarros, café e cerveja. Existem até mesmo aqueles que conseguem combinar todos esses itens em apenas uma existência, e eu digo, agraciado seja essa capacidade alheia que não me compete. Afinal eu não fumo, não bebo café, nem mesmo suporto cerveja. Sem nem mencionar a tal desinibição, a qual nunca fui apresentado. Some a isso mais algumas dezenas de fatores, como personalidade nada abrasiva atrelado a uma falta de senso (de humor) comum. ¿Por esta breve descrição nada minuciosa pode-se concluir que sou um fracasso no tal social? Possivelmente.

domingo, junho 22, 2008

quinta-feira, junho 19, 2008

Não existe nada pior do que ficar sozinha mesmo acreditando estar acompanhada.

quarta-feira, junho 11, 2008


Ânsia pior não existe do que a própria desconhecida.


quinta-feira, junho 05, 2008

terça-feira, junho 03, 2008

quarta-feira, maio 21, 2008

Tudo soa tão sem propósito, repetições e mais repetições ao ponto de não mais possuírem um ponto referencial, manifestações nulas por completo que acabam por gerar um meio sustentável apenas pelo sonho mascarado de personalidade crível. Mas se eu mesmo digo que se o tudo não é nada, ele é muito, há uma grande possibilidade de exagero próprio. Desilusão ou não (auto diagnósticos sempre são perigosos), ludibrie-me.

quarta-feira, maio 14, 2008

Não me incomodaria em ter sido criado como um personagem de sitcom, daquelas que duram o que devem duram e são canceladas, ao invés de nascer como ser humano com perspectiva de vida além dos sessenta anos.

segunda-feira, maio 12, 2008


Eu poderia ter alzheimer, explicaria muita coisa.
Ou não?


domingo, maio 11, 2008

Deprimente é:

A) Ter a capacidade de usar calças de moletom com uma camiseta preta surrada de uma banda qualquer como o KISS.

B) Se interessar/envolver com um cara vestido como na primeira alternativa.

C) Formar um casal, unindo os dois seres das alternativas anteriores e, perambular pela cidade sem qualquer noção de bom senso.

D) Todas as alternativas anteriores mais alguma que por motivos éticos não deve ser publicada aqui.

segunda-feira, maio 05, 2008

Era uma vez um ser pouco agraciado em termos de cabelo, intelecto, bom senso e tantas outras características que podem ser tidas como de bom grado, sejam elas físicas ou não físicas. Difícil seria alguma característica, boa ou nem tanto, conseguir se sobrepor àquela protuberância abdominal e sua irrefutável calvice. Sua existência e convívio com terceiros eram um grande mistério para a sociedade, talvez por culpa dos genes, do meio, ou um conjunto de fatores que desafia a lógica humana (se é que essa existe). Tendo em vista que quase nunca corpo e mente possuem a mesma idade, este ser de que falo com pouca ou nenhuma graça, foi intimado a realizar alguns exames médicos após algumas severas suspeitas que poderiam colocar sua existência em cheque. Realizado os exames, o resultado pronto encontra-se nas mãos do então chamado doutor, ou o que o valha. O médico então pergunta para o ser de pouca ou nenhuma graça, qual prefere primeiro: a boa ou a má noticia? O ser de pouca ou nenhuma graça opta pela má como primeira noticia a ser ouvida. Bom, sinto em lhe informar, mas o senhor está com câncer. Noticia recebida porém não digerida como era de ser esperado, porém obviamente não desejada. Ok doutor, me diga então qual seria a boa noticia, se é que ela pode existir. O ser vestido de branco da cabeça aos pés, como um pai de santo academicamente diplomado, um metro e oitenta e sete de altura abre um longo sorriso, ainda vendo a luz. Meu querido, veja pelo lado bom, cabelo algum você perderá. Moral da estória? Não tenho idéia.

quinta-feira, maio 01, 2008

Pamela tinha dez anos quando descobriu o quão estúpida ela poderia ser em um único dia. Não que fosse estúpida todo o tempo, pelo contrário, ela sempre foi do tipo que os adultos adoram chamar de “avançada para a idade”. Mas eu, enquanto autor, não me sinto no direito de revelar a razão pela qual Pamela descobriu o quanto estúpida ela poderia ser em único dia. Não que uma revelação como esta possa alterar minha relação com ela, mas como é de conhecimento geral, personagens são tão temperamentais quanto os seus autores. Ou seja, por precaução (leia-se pavor literariamente camuflado) é recomendável profundo e total respeito por e com eles.

quarta-feira, abril 30, 2008

Sei que é difícil de entender, mas será mesmo impossível não conseguir deixar de se envolver ao mesmo tempo saber que isso pode ser um caminho sem volta? Não conseguir ficar calada e ao mesmo tempo saber que deveria?

Será mesmo impossível tomar a frente de algumas coisas por isso se tornar necessário, porém relutar ao fazer isso?

terça-feira, abril 29, 2008


“A universidade é deliquescente:
não funcional no plano social do mercado e do emprego,
sem substância cultural nem finalidade de saber.”

Jean Baudrillard


sábado, abril 26, 2008

Existe uma tendência humana de apenas se considerar alguém, quando se está com alguém. Não falo simplesmente em termos de relacionamento sexual, homem versus mulher, ou quaisquer outras combinações. O ser por si só não existe, ele precisa de algum tipo de afirmação. Ele pode se considerar auto-suficiente, independente, livre de outras pessoas, ou vínculos. No entanto, não passa de mais um ser em busca da afirmação de ser. Isso soa como auto ajuda, ou mesmo auto depreciativo, mas vou me utilizar de uma frase feita - tão comum nesse tipo de texto - como exemplificação para tudo o que disse, ou que tentei dizer:


“A solidão é uma coisa boa,

mas precisamos de alguém para nos dizer isso.”

Honoré de Balzac



Tudo não passa de uma questão de representação. Representemos pela existência. Somente assim podemos nos permitir a tristeza como amiga antes de dormimos sozinhos. Mais uma frase:


“A solidão gera inúmeros companheiros em nós mesmos.”
Carlos Drummond de Andrade


Tal busca, desesperada ou nem tanto, não me deprime. Frustrante é a representação pela representação, o fingir como ideal ou muralha. Ou ainda, o sepultamente do ser como único, em troca do nascimento de um duplo.

sexta-feira, abril 25, 2008

quinta-feira, abril 24, 2008

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quarta-feira, abril 23, 2008

terça-feira, abril 22, 2008

Como se lembrar do que jamais teve e fingir surpresa. O que me falta é a surpresa de amanhã chegando sem avisar. O que me falta é o que jamais conheci pessoalmente. Lembrar da surpresa como se a falta balbuciasse tristeza. Insípido. O que me falta é lembrar de esquecer. Lembrar e fingir respectivamente pela surpresa, como se recordasse do que jamais tive. Pessoalmente a falta me surpreende. O que me falta é pessoal. Na verdade nada me falta, me falta somente uma verdade como surpresa.

segunda-feira, abril 21, 2008

quarta-feira, abril 16, 2008

Sempre carrego em minha mochila uma garrafa com água, dessas de meio litro. Assim como sempre há alguma espécie de papel, seja folhas, cadernos, ou pequenos blocos para eventuais anotações sem prévio aviso. Também é muito comum encontrar algo comestível, como biscoitos recheados (de chocolate) e jujubas. Há um bolso destinado apenas para o lixo acumulado/produzido durante o dia, semana, ou mesmo mês (!). Não carrego guarda-chuva, mas carrego blusas, jaquetas, ou camisas de manga longa, isso porque eu tenho mania por me sentir coberto, ou isolado de alguma forma, seja como for. No entanto, as vezes (muitas vezes), o que eu desejava carregar na minha mochila seria algo como um taco de baseball, ou um machado, uma pistola automática, não sei ao certo. O que mais me atrai é a primeira opção. Avaliando, são peças fundamentais em tempos de celulares/plataformas multimídias na mão de qualquer que seja o ser, em qualquer que seja o ambiente. Isso levando em consideração apenas conseqüências provocadas por meios e deixando de lado a ignorância latente sempre em uso. Pensando melhor, consideremos a ignorância latente sempre em uso. É uma coisa só, um grande conglomerado de ações e/ou características. Vem em pacote, como nas promoções três por dois, ou coisa parecida. Mas sejamos francos, se for para carregar qualquer um destes instrumentos, é melhor esperar até o diploma acadêmico estar seguramente em mãos.

segunda-feira, abril 14, 2008

Felicidade em São Paulo é ver a 23 de Maio totalmente livre.

sábado, abril 12, 2008



Ninguém sabe como é sentir o sangue congelar ao ouvir o som de uma motocicleta atrás de si.




sexta-feira, abril 11, 2008

Morrer deveria ser único e irreproduzível. Sem hora previamente marcada, dilatação de espaço ou tempo. Morrer, enquanto presença física, é inevitável. Não é preciso ser instruído para tomar conhecimento disso. Há incontáveis maneiras de como se pode morrer ou matar um ser vivo, mas isso não vem ao caso. A morte, e não é de hoje, é reproduzível, perdeu sua aura. Alguém que morre, seja por qual forma for, pode ter sua morte reproduzida à exaustão nos veículos de comunicação de massa, ou para quem possui intimidade, os chamados Mass Media. Assassinato ou não, acidental ou não, causa natural ou não, já não mais importa. Os Mass Media tornam-se mais que propagadores de uma chamada informação, tornam-se assassinos, matam a cada minuto a mesma vitima de maneira legal sem pré ou pós julgamento. Em rede local, cadeia nacional ou mundial, o assassinato daquele já morto é realizado por chamadas, simulações, especulações ou qualquer que seja o material tido como jornalístico por esses tais veículos. Apresentados de forma mambembe ou cuidadosamente estilizados, os assassinatos dos já mortos são tão brutais e sem escrúpulos quanto a primeira morte. Um espetáculo de aberrações largamente consumido e admirado. Um circulo de assassinos de longo alcance e seus cúmplices, antes espectadores/leitores. Criminosos que não infligem a lei, ou sequer possuem rostos, apenas logos.

quarta-feira, abril 09, 2008

A diferença entre a sexta série e o ensino superior é a catraca.

segunda-feira, abril 07, 2008

A palavra tem cheiro?. Creio na forma. Talvez isso não passe de uma maneira estúpida e sem qualquer lógica para dar inicio à um texto quando não se possui um texto. Se bem que essa de possuir algo antes mesmo de seu nascimento/criação é sempre estranho (por falta de melhor definição). Como obter aquilo que sequer possui idéia do que possa vir a ser? (...) Prever seu estado daqui um ano, ou três? Pouco mudar, ou mesmo nada (acrescentar) é estagnar? Transforma-se por completo é revelar-se ou mera mutação? Ou uma forma de absorção? Minha parede não brilha, nem reflete. Outro ponto corriqueiro nos últimos tempos, pessoalmente (e academicamente) falando, reflete? Deveria, ao menos. O duplo, as representações, as barreiras do atraente pelo real, o vicio não perceptível. E a palavra tem cheiro? Ainda não sei. Creio na forma, porque ela se desconstrói na mesma velocidade que se cria ou até mais rápido. Veredicto irrefutável. Eis uma bela palavra, irrefutável. Parece transpirar credibilidade. Inveja é pouco, mas minha alergia não permite, ou bloqueia esforços (!). Certa vez me forcei a andar com o intuito de me perder, o êxito nunca me pareceu tão próximo (...). Eu mesmo digo que Nunca se deve dizer Nunca. Fraqueza, fiasco, covardia, nenhum deles. Fiasco me torno exemplificado a cada dia e minuto nessa estúpida insistência. Palavra pode não ter cheiro, mas memória(s) tem. Quem recorda viveu ou esta morto? Não lembro em qual serie foi, era no fundamental (antigo primeiro grau), eu, na aula de português defendi o uso dos sinais de pontuação invertidos, assim como em espanhol, aquela cara de espanto segurando o livro jamais me deixou, e tantas outras também. (¿). Acompanhadas ou não. Um souvenir de nada, uma mostra em vão, a prova como existência forçada e calculada. Lembre-se de esquecer. O medo de andar é pela não compatibilidade de perfil/ato, ou seu oposto? Talvez uma aptidão nata não reconhecida. Assim como a antiarte nada mais prova/exalta que a própria arte, a não existência somente tornaria a existência existente. E eu te pergunto se fui condenado, mais uma ou duas questões não alteram em nada tudo isso, fui? Meus olhos pobres agradecem pela devida atenção.

quinta-feira, abril 03, 2008

Coisas que se aprende trabalhando.

segunda-feira, março 10, 2008


Abertura dos Cursos de História, Geografia e Ciências Sociais
da Escola Livre de Cultura e Ciência
Fundação Santo André

quarta-feira, março 05, 2008

Venha para Fundação Santo André. Ela é pública. Ela é sua!
Alunos e professores da Fundação Santo André anunciam a abertura dos primeiros anos de Ciências Sociais, História e Geografia.
Em luta pela sobrevivência da FAFIL – Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, responsável pelo oferecimento de cursos que conjugam a licenciatura ao bacharelado – estudantes e professores decidiram garantir a abertura dos primeiros anos dos cursos de Ciências Sociais, História e Geografia.
Os alunos que já haviam se matriculado nestes cursos e foram impedidos de os freqüentar, bem como todos aqueles que desejarem ingressar neles, estão convidados a efetuar sua inscrição, gratuita, de 03 a 07 de março, no Diretório Acadêmico da FAFIL. As aulas terão início dia 10 de março, e serão oferecidas gratuitamente e em caráter precário até a normalização das turmas.
A iniciativa visa a garantir a continuidade desses cursos, duramente golpeados há anos e agora ameaçados de extinção. Como vem sendo amplamente difundido pela imprensa, as atitudes da atual reitoria do Centro Universitário Fundação Santo André vêm resultando no sucateamento da instituição, em especial da FAFIL, responsável pela formação de professores e pesquisadores em ciências humanas. Tal gestão ruinosa contraria o caráter público e a finalidade que norteou sua instalação como entidade educacional voltada para alunos trabalhadores.
É de fundamental importância barrar as arbitrariedades da atual reitoria e resgatar essa entidade que há décadas vem oferecendo aos trabalhadores da região o acesso à educação de alta qualidade.
Incrições de 03 à 07 de março.
das 10h às 21h.
Local: Diretório Acadêmico Honestino Guimarães - FAFIL - Centro Universitáio Fundação Santo André (Av. Príncipe de Gales, 821 - Vila Príncipe de Gales - Santo André).

sexta-feira, fevereiro 29, 2008

quinta-feira, fevereiro 28, 2008

quarta-feira, fevereiro 27, 2008

terça-feira, fevereiro 26, 2008

segunda-feira, fevereiro 25, 2008

Uma cerveja (não minha), três cocas (liquidas e não minhas), um X-Bacon e uma caipirinha. A constatação de que o mundo parece pequeno demais as vezes, que as tendências permanecem e que esse é o ano oficial do balanço de toda uma vida estudantil (leia-se, estou velho).

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Só Tinha de Ser com Você

(Elis Regina e Tom Jobim)


É,
Só eu sei
Quanto amor
Eu guardei
Sem saber
Que era só
Pra você.

É, só tinha de ser com você,
Havia de ser pra você,
Senão era mais uma dor,
Senão não seria o amor,
Aquele que a gente não vê,
O amor que chegou para dar
O que ninguém deu pra você.
O amor que chegou para dar
O que ninguém deu pra você.

É, você que é feito de azul,
Me deixa morar nesse azul,
Me deixa encontrar minha paz,
Você que é bonito demais,
Se ao menos pudesse saber
Que eu sempre fui só de você,
Você sempre foi só de mim.

É, você que é feito de azul,
Me deixa morar nesse azul,
Me deixa encontrar minha paz,
Você que é bonito demais,
Se ao menos pudesse saber
Que eu sempre fui só de você,
Você sempre foi só de mim.
Eu sempre fui só de você,
Você sempre foi só de mim.
Eu sempre fui só de você,
Você sempre foi só de mim.
Eu sempre fui só de você,
Você sempre foi só de mim

terça-feira, fevereiro 12, 2008

Ego

No dia 21 de junho à meia-noite bem próximo do zênite (um pouco a oeste) há um grupo de estrelas que lembram um enorme sinal de interrogação ou gancho no céu. Esta é a constelação de Escorpião. Antares (Alfa Scorpi) é a estrela mais brilhante da constelação. Seguindo a cauda enrodilhada para o sudeste até o fim encontramos duas estrelas formando o ferrão do aracnídeo, a mais brilhante chama-se Shaula (Lambda Scorpi).

sábado, fevereiro 09, 2008

Se todos podem ser Luther Blissett, todos podem também fazer qualquer coisa. E o que Blissett quer promover é a sabotagem cultural e a guerrilha tecnológica contra a cultura dominante, revelar os mecanismos da indústria cultural, cobrir de ridículo as instituições.

sábado, fevereiro 02, 2008

No fundo, ela só queria que alguém a abraçasse e dissesse que a amava. Que gritasse aos quatro ventos que não podia viver sem ela. Não que esperasse exatamente um grito, mas que entendesse que os quatro ventos podia ser somente seu ouvido. Queria que protestasse e dissesse que era tudo mentira. Que aquilo que ela falava era falso. Queria ouvir a versão alheia. Que lhe falasse que no fim tudo ia ficar bem, mesmo sabendo que isso é mentira. Queria que alguém a confortasse, sussurrasse carinhos, a tocasse gentilmente, a protegesse quando a sabe fraca. Mesmo que à distância. Queria, por um mísero instante, ser a única coisa importante no mundo. Queria ter motivos para sentir isso.

- Mente. Diz que me ama.

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

quinta-feira, janeiro 31, 2008


O Martírio de Joana D'arc
(La Passion de Jeanne D'arc)
de Carl Theodor Dreyer
1928

terça-feira, janeiro 29, 2008

Quando eu era criança, quando minha mãe me levava na Paulista ficava olhando aqueles prédios, aquelas pessoas indo almoçar apressadas, me sentia pequena, um nada no meio de todo o tumulto. Quando entendi o que era a Paulista, decidi que queria trabalhar em tal localidade. Mais exatamente em uma certa livraria, num certo conjunto. Um dia, pelo e-mail do Cacs (Centro Acadêmico de Ciências Sociais), veio uma proposta, não para esta tal livraria, outro lugar, falando pra quem quisesse que mandasse currículo. Eu mandei, não tinha nada a perder. Fiz entrevista como quem não quer nada, me disseram que avisariam tanto se eu fosse chamada como não. O tempo passou, quase duas semanas, não acreditava mais. Até passei na frente do prédio em que fiz a entrevista e falei que eu poderia estar trabalhando ali, me disseram para eu não me apressar que eu tinha entrado, duvidei. Alguns dias depois me ligaram. E aqui estou eu. Olhando a Paulista do sexto andar, chove bastante, fui almoçar correndo e voltei, prometi que ia trabalhar durante o almoço, mas está chovendo na Paulista e não me dá vontade de correr.

segunda-feira, janeiro 28, 2008

No fundo, no fundo, meus fantasmas se divertem.

sexta-feira, janeiro 18, 2008

terça-feira, janeiro 08, 2008

Meu desejo é decepar aquelas mãos. De engraçado isso nada tem, mas o que vale é a satisfação / punição mesmo que tardia. Deceparia aquelas mãos com um golpe cada. O sangue, agora, como aliado trabalharia.

jorrar
v. int.,
sair em jorro, com ímpeto;
formar bojo ou jorramento;
besuntar com jorra;

v. tr.,
fazer sair com ímpeto.

Tal verbo, conseqüência primorosa do até então imaginário ato, me atrai tanto como uma memória perdida. Imagem recorrente / fissura sem proporções ou cor definidas. No entanto, o futuro uso das mãos ainda é uma dúvida. Decepar aquelas mãos é uma meta que ultrapassa qualquer raciocíonio.

segunda-feira, janeiro 07, 2008

"Prá onde vão os trens, meu pai?
Para Mahal Tami, Cam rí, espaços no mapa, e depois o pai ria:
Também prá lugar algum meu filho, tu podes ir
e ainda que se mova o trem tu não te moves de ti. "

(Tu não te moves de ti - Hilda Hilst)

sábado, janeiro 05, 2008

Assim como quem não quer demonstrar interesse algum, pergunta o que ele anda fazendo da vida. De modo seco e tão banal quanto à pergunta responde que não seria nada do que ela não faria, justamente o que mais poderia temer. Não marcaram nada, troca de sentenças apenas, nada de muito inspirador ou que valesse como apaziguador de ânimos, pelo contrario. Prosseguiram por cerca de sete longos minutos, o que antes poderia ser um telefonema de um mero oi, agora parecia um confinamento em uma sala branca de alto teto. Não que agissem como estranhos, não mesmo, a impressão era oposta, um campo minado transparente e lúcido. Não havia como evitar, mesmo com sua maquina de vida por desenhos ortográficos tão próxima de si. Sem grandes progressos, somente surpresas nem tão agradáveis para um dos lados da linha, os sete dilatados minutos chegavam ao fim com uma desculpa qualquer da antes ansiosa e agora nada otimista pessoa. Também surpreso pelo que tinha acabado de acontecer, jamais poderia ter imaginado tal rumo em suas folhas amarelas, e agora sem sono, opta por passar a manhã observando o ser vivo mais próximo que consegue enxergar sem precisar se levantar, seu peixe Único.