quinta-feira, julho 31, 2008


“Crime Mala:

Estudante Inglesa é esquartejada pelo namorado”


Manchete do programa “Brasil Urgente”, minutos atrás.

Depois o “mala” sou eu.


quarta-feira, julho 30, 2008

A Sonia Abrão - atualmente no comando do programa “A Tarde é Sua”, veiculado pela Rede Tv - se define como uma jornalista, critica de televisão e apresentadora. Quanto ao “apresentadora”, nunca discordei, já que se pôr frente a câmeras e falar e falar e falar, qualquer ser é hábil pra isso, qualquer um. Mas quanto ao “critica”, andei pensando sobre (!) e cheguei a conclusão que também concordo com a tal definição. Afinal, falar sobre algo é uma coisa, fazer é outra. Ética nem sempre caminha com profissionalismo, se é que conseguem, diga-se. Entretanto, admito o valioso serviço que ela presta aos “grandes ícones” da tv brasileira, que tanto batem a cabeça pensando que tudo aquilo pelo que ansiaram passar, e até mesmo passaram, seria eterno. De estrelas infantis com síndrome de Peter Pan, passando por cantores popularescos sem a aura do jabá ,à ex-musas agora com rugas. Viva a tia Sonia, pelo bem humano que pratica, reciclagem é fundamental em tempos tão efêmeros que paradoxalmente nunca deixam de passar. Ela deveria ser isenta de impostos por serviços prestados à população. Outra, carisma é fundamental para uma aposentadoria, relativamente, mais segura. Sem esquecer, claro, de toda a sua beleza e sensualidade.

segunda-feira, julho 28, 2008

Boca miúda de lábios finos, cabelos presos e sandálias surradas. Pele rósea de enclausuramento por longos anos de uma puberdade travestida em bons costumes propagados entre as gerações femininas da família. Mãos pequeninas e gordas seguram um livro, que não chego a descobrir qual, seguindo o movimento ferroviário. Se deixar ela come seus próprios lábios, ou acabará engolindo por falta de atenção ou ansiedade. No dia em que se tornar mãe, nascerá uma replica mais que perfeita daquela que ouve a missa do padre marcelo na cozinha, enquanto a filha se masturba no quarto sonhando por uma trepada cara a cara.

sexta-feira, julho 25, 2008

Creio que todo grande ser não passa de uma babaca, e todo babaca não passa de um grande esperto. Esperto é ser babaca. Nada que me instigue muito, começando pelo termo tão escolar, atente para ele: Ba-ba-ca. Mais fácil que escrever Ca-va-lo no caderno de caligrafia.

quinta-feira, julho 24, 2008



Tento ler, mas é em vão, me falta foco

(ou saco travestido de intelecto).



quarta-feira, julho 23, 2008

Quando crianças a imaginação é fértil, lugar comum afirmar isso, mas não incoerente. Não há barreiras para se imaginar uns anos longe dali. Imagina aquilo que vai ter, onde estará ou fazer. Difícil é ver tudo isso do futuro. Quem se imaginava como caixa de supermercado, mãe, cobrador de ônibus ou mesmo em não mais existir? Não subestimo tais posições ou estados, só me faço ainda um pouco como aquele que imaginava.

terça-feira, julho 22, 2008


- Consegue ver?
- Não..
- Sorte a sua.

segunda-feira, julho 21, 2008

domingo, julho 13, 2008

Me falta uma boa dose de citações primorosas na ponta da língua pra ser considerado algo. Quem sabe se eu decorar algumas achadas na rede, ou até mesmo comprar um desses livros com dezenas delas. E assim, no meio de uma conversa qualquer com conhecidos ou não (de preferência), pôr em desfile minha incrível capacidade decoristica, camufladamente cult. Ser, ou melhor, me tornar digno de um “Você é Foda”, mesmo que indireto ou sem palavras pronunciadas. Frases, nomes, versos, anos, tudo cuidadosamente direcionado e selecionado. Para cada qual, uma tal, como flechas precisas para o abate.

sábado, julho 12, 2008

Somam se anos em que ouço sempre as mesmas baboseiras quando o assunto é vídeo-game, má influencia, sedentarismo, burrismo agudo e afins. O que não deixa de ser engraçado, pois o papo em voga hoje é o tal mundo convergente, tudo em apenas um. Mas esse mesmo tópico chega a ser retrogrado pra quem acompanhou a evolução dos consoles e seus acessórios. Tudo bem que hoje eu não mais posso discorrer com propriedade sobre isso, por uma mera questão de abandono provocada por teor financeiro, mas isso não me tira o direito resguardado. E convenhamos que, entre a simulação gerada por polígonos e pixels de um assassinato ou qualquer outro ato ilícito ou repudiado socialmente, armado de um controle em mãos, e sua execução fisicamente plausível, fico com a primeira opção. Mesmo que a simulação esteja presente em ambos os casos.