quarta-feira, maio 21, 2008

Tudo soa tão sem propósito, repetições e mais repetições ao ponto de não mais possuírem um ponto referencial, manifestações nulas por completo que acabam por gerar um meio sustentável apenas pelo sonho mascarado de personalidade crível. Mas se eu mesmo digo que se o tudo não é nada, ele é muito, há uma grande possibilidade de exagero próprio. Desilusão ou não (auto diagnósticos sempre são perigosos), ludibrie-me.

quarta-feira, maio 14, 2008

Não me incomodaria em ter sido criado como um personagem de sitcom, daquelas que duram o que devem duram e são canceladas, ao invés de nascer como ser humano com perspectiva de vida além dos sessenta anos.

segunda-feira, maio 12, 2008


Eu poderia ter alzheimer, explicaria muita coisa.
Ou não?


domingo, maio 11, 2008

Deprimente é:

A) Ter a capacidade de usar calças de moletom com uma camiseta preta surrada de uma banda qualquer como o KISS.

B) Se interessar/envolver com um cara vestido como na primeira alternativa.

C) Formar um casal, unindo os dois seres das alternativas anteriores e, perambular pela cidade sem qualquer noção de bom senso.

D) Todas as alternativas anteriores mais alguma que por motivos éticos não deve ser publicada aqui.

segunda-feira, maio 05, 2008

Era uma vez um ser pouco agraciado em termos de cabelo, intelecto, bom senso e tantas outras características que podem ser tidas como de bom grado, sejam elas físicas ou não físicas. Difícil seria alguma característica, boa ou nem tanto, conseguir se sobrepor àquela protuberância abdominal e sua irrefutável calvice. Sua existência e convívio com terceiros eram um grande mistério para a sociedade, talvez por culpa dos genes, do meio, ou um conjunto de fatores que desafia a lógica humana (se é que essa existe). Tendo em vista que quase nunca corpo e mente possuem a mesma idade, este ser de que falo com pouca ou nenhuma graça, foi intimado a realizar alguns exames médicos após algumas severas suspeitas que poderiam colocar sua existência em cheque. Realizado os exames, o resultado pronto encontra-se nas mãos do então chamado doutor, ou o que o valha. O médico então pergunta para o ser de pouca ou nenhuma graça, qual prefere primeiro: a boa ou a má noticia? O ser de pouca ou nenhuma graça opta pela má como primeira noticia a ser ouvida. Bom, sinto em lhe informar, mas o senhor está com câncer. Noticia recebida porém não digerida como era de ser esperado, porém obviamente não desejada. Ok doutor, me diga então qual seria a boa noticia, se é que ela pode existir. O ser vestido de branco da cabeça aos pés, como um pai de santo academicamente diplomado, um metro e oitenta e sete de altura abre um longo sorriso, ainda vendo a luz. Meu querido, veja pelo lado bom, cabelo algum você perderá. Moral da estória? Não tenho idéia.

quinta-feira, maio 01, 2008

Pamela tinha dez anos quando descobriu o quão estúpida ela poderia ser em um único dia. Não que fosse estúpida todo o tempo, pelo contrário, ela sempre foi do tipo que os adultos adoram chamar de “avançada para a idade”. Mas eu, enquanto autor, não me sinto no direito de revelar a razão pela qual Pamela descobriu o quanto estúpida ela poderia ser em único dia. Não que uma revelação como esta possa alterar minha relação com ela, mas como é de conhecimento geral, personagens são tão temperamentais quanto os seus autores. Ou seja, por precaução (leia-se pavor literariamente camuflado) é recomendável profundo e total respeito por e com eles.