quarta-feira, abril 30, 2008

Sei que é difícil de entender, mas será mesmo impossível não conseguir deixar de se envolver ao mesmo tempo saber que isso pode ser um caminho sem volta? Não conseguir ficar calada e ao mesmo tempo saber que deveria?

Será mesmo impossível tomar a frente de algumas coisas por isso se tornar necessário, porém relutar ao fazer isso?

terça-feira, abril 29, 2008


“A universidade é deliquescente:
não funcional no plano social do mercado e do emprego,
sem substância cultural nem finalidade de saber.”

Jean Baudrillard


sábado, abril 26, 2008

Existe uma tendência humana de apenas se considerar alguém, quando se está com alguém. Não falo simplesmente em termos de relacionamento sexual, homem versus mulher, ou quaisquer outras combinações. O ser por si só não existe, ele precisa de algum tipo de afirmação. Ele pode se considerar auto-suficiente, independente, livre de outras pessoas, ou vínculos. No entanto, não passa de mais um ser em busca da afirmação de ser. Isso soa como auto ajuda, ou mesmo auto depreciativo, mas vou me utilizar de uma frase feita - tão comum nesse tipo de texto - como exemplificação para tudo o que disse, ou que tentei dizer:


“A solidão é uma coisa boa,

mas precisamos de alguém para nos dizer isso.”

Honoré de Balzac



Tudo não passa de uma questão de representação. Representemos pela existência. Somente assim podemos nos permitir a tristeza como amiga antes de dormimos sozinhos. Mais uma frase:


“A solidão gera inúmeros companheiros em nós mesmos.”
Carlos Drummond de Andrade


Tal busca, desesperada ou nem tanto, não me deprime. Frustrante é a representação pela representação, o fingir como ideal ou muralha. Ou ainda, o sepultamente do ser como único, em troca do nascimento de um duplo.

sexta-feira, abril 25, 2008

quinta-feira, abril 24, 2008

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quarta-feira, abril 23, 2008

terça-feira, abril 22, 2008

Como se lembrar do que jamais teve e fingir surpresa. O que me falta é a surpresa de amanhã chegando sem avisar. O que me falta é o que jamais conheci pessoalmente. Lembrar da surpresa como se a falta balbuciasse tristeza. Insípido. O que me falta é lembrar de esquecer. Lembrar e fingir respectivamente pela surpresa, como se recordasse do que jamais tive. Pessoalmente a falta me surpreende. O que me falta é pessoal. Na verdade nada me falta, me falta somente uma verdade como surpresa.

segunda-feira, abril 21, 2008

quarta-feira, abril 16, 2008

Sempre carrego em minha mochila uma garrafa com água, dessas de meio litro. Assim como sempre há alguma espécie de papel, seja folhas, cadernos, ou pequenos blocos para eventuais anotações sem prévio aviso. Também é muito comum encontrar algo comestível, como biscoitos recheados (de chocolate) e jujubas. Há um bolso destinado apenas para o lixo acumulado/produzido durante o dia, semana, ou mesmo mês (!). Não carrego guarda-chuva, mas carrego blusas, jaquetas, ou camisas de manga longa, isso porque eu tenho mania por me sentir coberto, ou isolado de alguma forma, seja como for. No entanto, as vezes (muitas vezes), o que eu desejava carregar na minha mochila seria algo como um taco de baseball, ou um machado, uma pistola automática, não sei ao certo. O que mais me atrai é a primeira opção. Avaliando, são peças fundamentais em tempos de celulares/plataformas multimídias na mão de qualquer que seja o ser, em qualquer que seja o ambiente. Isso levando em consideração apenas conseqüências provocadas por meios e deixando de lado a ignorância latente sempre em uso. Pensando melhor, consideremos a ignorância latente sempre em uso. É uma coisa só, um grande conglomerado de ações e/ou características. Vem em pacote, como nas promoções três por dois, ou coisa parecida. Mas sejamos francos, se for para carregar qualquer um destes instrumentos, é melhor esperar até o diploma acadêmico estar seguramente em mãos.

segunda-feira, abril 14, 2008

Felicidade em São Paulo é ver a 23 de Maio totalmente livre.

sábado, abril 12, 2008



Ninguém sabe como é sentir o sangue congelar ao ouvir o som de uma motocicleta atrás de si.




sexta-feira, abril 11, 2008

Morrer deveria ser único e irreproduzível. Sem hora previamente marcada, dilatação de espaço ou tempo. Morrer, enquanto presença física, é inevitável. Não é preciso ser instruído para tomar conhecimento disso. Há incontáveis maneiras de como se pode morrer ou matar um ser vivo, mas isso não vem ao caso. A morte, e não é de hoje, é reproduzível, perdeu sua aura. Alguém que morre, seja por qual forma for, pode ter sua morte reproduzida à exaustão nos veículos de comunicação de massa, ou para quem possui intimidade, os chamados Mass Media. Assassinato ou não, acidental ou não, causa natural ou não, já não mais importa. Os Mass Media tornam-se mais que propagadores de uma chamada informação, tornam-se assassinos, matam a cada minuto a mesma vitima de maneira legal sem pré ou pós julgamento. Em rede local, cadeia nacional ou mundial, o assassinato daquele já morto é realizado por chamadas, simulações, especulações ou qualquer que seja o material tido como jornalístico por esses tais veículos. Apresentados de forma mambembe ou cuidadosamente estilizados, os assassinatos dos já mortos são tão brutais e sem escrúpulos quanto a primeira morte. Um espetáculo de aberrações largamente consumido e admirado. Um circulo de assassinos de longo alcance e seus cúmplices, antes espectadores/leitores. Criminosos que não infligem a lei, ou sequer possuem rostos, apenas logos.

quarta-feira, abril 09, 2008

A diferença entre a sexta série e o ensino superior é a catraca.

segunda-feira, abril 07, 2008

A palavra tem cheiro?. Creio na forma. Talvez isso não passe de uma maneira estúpida e sem qualquer lógica para dar inicio à um texto quando não se possui um texto. Se bem que essa de possuir algo antes mesmo de seu nascimento/criação é sempre estranho (por falta de melhor definição). Como obter aquilo que sequer possui idéia do que possa vir a ser? (...) Prever seu estado daqui um ano, ou três? Pouco mudar, ou mesmo nada (acrescentar) é estagnar? Transforma-se por completo é revelar-se ou mera mutação? Ou uma forma de absorção? Minha parede não brilha, nem reflete. Outro ponto corriqueiro nos últimos tempos, pessoalmente (e academicamente) falando, reflete? Deveria, ao menos. O duplo, as representações, as barreiras do atraente pelo real, o vicio não perceptível. E a palavra tem cheiro? Ainda não sei. Creio na forma, porque ela se desconstrói na mesma velocidade que se cria ou até mais rápido. Veredicto irrefutável. Eis uma bela palavra, irrefutável. Parece transpirar credibilidade. Inveja é pouco, mas minha alergia não permite, ou bloqueia esforços (!). Certa vez me forcei a andar com o intuito de me perder, o êxito nunca me pareceu tão próximo (...). Eu mesmo digo que Nunca se deve dizer Nunca. Fraqueza, fiasco, covardia, nenhum deles. Fiasco me torno exemplificado a cada dia e minuto nessa estúpida insistência. Palavra pode não ter cheiro, mas memória(s) tem. Quem recorda viveu ou esta morto? Não lembro em qual serie foi, era no fundamental (antigo primeiro grau), eu, na aula de português defendi o uso dos sinais de pontuação invertidos, assim como em espanhol, aquela cara de espanto segurando o livro jamais me deixou, e tantas outras também. (¿). Acompanhadas ou não. Um souvenir de nada, uma mostra em vão, a prova como existência forçada e calculada. Lembre-se de esquecer. O medo de andar é pela não compatibilidade de perfil/ato, ou seu oposto? Talvez uma aptidão nata não reconhecida. Assim como a antiarte nada mais prova/exalta que a própria arte, a não existência somente tornaria a existência existente. E eu te pergunto se fui condenado, mais uma ou duas questões não alteram em nada tudo isso, fui? Meus olhos pobres agradecem pela devida atenção.

quinta-feira, abril 03, 2008

Coisas que se aprende trabalhando.