O longa teve um orçamento em torno de 11 milhões de reais, desses onze, 5,5 milhões foram captados por meio de recursos privados e públicos via renuncia fiscal em território nacional, através de contribuintes brasileiros, legalmente aprovado pela Ancine, a Agência Nacional do Cinema.
Nada disso soaria estranho a não ser por alguns fatos básicos: O filme foi rodado na Argentina, com exceção de menos de 3 minutos presentes no filme feitos em Sp; O elenco consiste em uma maioria esmagadora de argentinos, de brasileiros, temos Paulo Autran em sua ultima aparição no cinema; O filme foi baseado na obra, de mesmo nome, do argentino Alan Pauls; É falado em espanhol, e conta a estória de um casal portenho; Por último, temos o próprio Sr. Babenco, um argentino naturalizado brasileiro. Um longa argentino então? Não pra Ancine.
Segundo Luis Fernando Noel, superintendente de fomento da Ancine, o que importa para uma produção ter liberdade de captação de recursos em território brasileiro é apenas um, a produtora por trás do filme tem que ser nacional. Com isso o céu é o limite, desde que a produtora seja brasileira. Legal, não?
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