segunda-feira, abril 07, 2008

A palavra tem cheiro?. Creio na forma. Talvez isso não passe de uma maneira estúpida e sem qualquer lógica para dar inicio à um texto quando não se possui um texto. Se bem que essa de possuir algo antes mesmo de seu nascimento/criação é sempre estranho (por falta de melhor definição). Como obter aquilo que sequer possui idéia do que possa vir a ser? (...) Prever seu estado daqui um ano, ou três? Pouco mudar, ou mesmo nada (acrescentar) é estagnar? Transforma-se por completo é revelar-se ou mera mutação? Ou uma forma de absorção? Minha parede não brilha, nem reflete. Outro ponto corriqueiro nos últimos tempos, pessoalmente (e academicamente) falando, reflete? Deveria, ao menos. O duplo, as representações, as barreiras do atraente pelo real, o vicio não perceptível. E a palavra tem cheiro? Ainda não sei. Creio na forma, porque ela se desconstrói na mesma velocidade que se cria ou até mais rápido. Veredicto irrefutável. Eis uma bela palavra, irrefutável. Parece transpirar credibilidade. Inveja é pouco, mas minha alergia não permite, ou bloqueia esforços (!). Certa vez me forcei a andar com o intuito de me perder, o êxito nunca me pareceu tão próximo (...). Eu mesmo digo que Nunca se deve dizer Nunca. Fraqueza, fiasco, covardia, nenhum deles. Fiasco me torno exemplificado a cada dia e minuto nessa estúpida insistência. Palavra pode não ter cheiro, mas memória(s) tem. Quem recorda viveu ou esta morto? Não lembro em qual serie foi, era no fundamental (antigo primeiro grau), eu, na aula de português defendi o uso dos sinais de pontuação invertidos, assim como em espanhol, aquela cara de espanto segurando o livro jamais me deixou, e tantas outras também. (¿). Acompanhadas ou não. Um souvenir de nada, uma mostra em vão, a prova como existência forçada e calculada. Lembre-se de esquecer. O medo de andar é pela não compatibilidade de perfil/ato, ou seu oposto? Talvez uma aptidão nata não reconhecida. Assim como a antiarte nada mais prova/exalta que a própria arte, a não existência somente tornaria a existência existente. E eu te pergunto se fui condenado, mais uma ou duas questões não alteram em nada tudo isso, fui? Meus olhos pobres agradecem pela devida atenção.

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