sábado, junho 24, 2006

Sempre gostei de água, desde criança.

"Se existe essa coisa de reencarnação , eu devo ter sido uma pata." (Plágio novamente, de outra pessoa, mas ainda um plágio).

Ficava horas no banho brincando. Até minhas mãos ficarem enrugadas. Olhava para elas e me imaginava quando ficasse realmente velha, quando tivesse realmente mãos cheias de veias e manchas.


Para ser sincera, nunca consegui imaginar isso direito, não conseguia ver minhas mãos assim.

Adorava brincar com o sabonete.

Esfregava bem as mãos nele, fechava e depois abria só um pouquinho, o suficiente para eu fazer um bolha de sabão, que estourava e ficava ardendo no meu nariz.

Quando conseguia fazer com que ela voasse era uma alegria só.

Tanto que até saia do chuveiro, só para conservar na minha memória tal extraordinário feito sem que nenhuma outra bolha falsa escondesse seu brilho.

Um dia, desses últimos, fiquei quase uma hora no chuveiro.

Olhei minhas mãos enrugadas.

E fiz uma bolha de sabão.

4 comentários:

Anônimo disse...

"Homem do concreto,
filho do silêncio,
amante do aço.
Onde está o seu sonho?"

Anônimo disse...

Esquecemos da geladeira...

Anônimo disse...

Uma coisa que vivia fazendo era "espelhos" de sabão,entre o braço e o tronco...

Anônimo disse...

plural é sempre bom...."eram os espelhos"