terça-feira, março 20, 2007


Há algo de muito errado nisso tudo, demasiadamente errado.

Eu tenho a incrível capacidade de acreditar nas pessoas. Quando conheço alguém e converso banalidades, religião, futebol, acredito que esse alguém está sendo bacana comigo por ser bacana. Mas eu vi que não.

As pessoas (deveria dizer os homens, acho eu) sempre tem outras intenções do que as que apresentam. Eu não queria acreditar nisso. Em parte, minha esperança nas pessoas vem de eu não acreditar, de achar que uma pessoa não está sendo legal por querer alguma coisa, que ela pode conversar e conviver sinceramente com o próximo.

Me falaram que isso, de eu acreditar nos outros e não ver maldades, é ingênuo. Isso é tão fora de lugar. É como se tivessem tirado a ordem das coisas. Agora, confiar no seu semelhante é ingenuidade, o normal é a desconfiança. Não deveria ser o contrário?

O fato de eu ser simpática com um ser, conversar, não me esquivar, não ligar para diferença de idade, sexo, religião, situação financeira, quer dizer que eu dê liberdades implícitas? Será que não posso mais conversar com alguém só por vê-la todos os dias?

Sei que dessa vez tive sorte, mas será que terei que evitar contato para evitar outros danos, que terei que me fechar como todo mundo nessa bolha individual, nesse sorrir encabulado ao um "bom dia!" de um estranho?

2 comentários:

Shaula disse...

Olha, eu estou, sinceramente, quase desistindo dessa porcaria de blogger que insiste em não permitir que eu edite nenhum dos meus posts, tenho que ficar pedindo para os outros fazer isso.

Que merda, viu!

Suzanna Ferreira disse...

sobre o texto tb sinto isso..mas deixei as pessoas se assustarem c. o meu interesse por elas, e elas q fantasiem em seus mundos de malicias e segundas intenções...