Pois é, eu acabei de entrar na faculdade. O curso que eu queria, Ciências Sociais, não a instituição que eu queria, por sorte ainda há uma chance.
A grade curricular é bacana, os professores são interessantes, mas o que mais me surpreendeu foram os alunos, na verdade, não exatamente os alunos da minha sala, mas os alunos da Fafil*. É uma faculdade particular com o interesse e ativismo de faculdade pública. Talvez seja pela área escolhida por mim, talvez pelo histórico da Fafil, talvez pela maioria ali saber qual o sacrifício feito para chegar num curso superior (a grande maioria sustenta o próprio curso, são pessoas mais velhas, pais de família. Nos cursos de humanas, são poucos os jovens "filhinhos de papai" que acabaram de sair do colégio).
Seria bobagem falar que isso não me animou, não tenho como fugir do meu interesse por atividades desse tipo. Se no colégio eu já fui massacrada por ativismo, imagina como é chegar em um lugar onde existe uma real organização estudantil por uma causa em comum?
No primeiro dia os problemas já foram ditos, os abusos que os alunos, principalmente da Fafil, vêm sofrendo ao longo dos últimos tempos, as metas, os planos.
Depois de muito tempo, senti que eu tenho a chance de despertar novamente dessa estagnação criativa em que eu mergulhei, dessa sensação de inatividade e inutilidade. Quero novamente a atividade inteligente, quero discutir, quero me sentir envolvida em alguma questão e quem sabe, essa seja a minha nova chance.
* A faculdade se chama Fundação Santo André e se divide em três partes: a Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafil), a Faculdade de Engenharia (Faeng) e a Faculdade de Economia (Faeco).
Um comentário:
Parabéns pelo curso escolhido, é um belo curso! Estou fazendo Filosofia; se não fosse pela Filosofia eu estaria fazendo Ciências Sociais também, abraços!
Rafael
Postar um comentário