Fim de julho, recomeço das aulas. Em outras palavras, abaixar a cabeça e afundar, no meu mundo, como um bom autista.
segunda-feira, julho 30, 2007
quinta-feira, julho 26, 2007
(Fato: Também já foi feita uma troca, escolhe-se uma palavra, ganha-se um poema...)
quarta-feira, julho 25, 2007
Ontem eu acordei chupando um limão
Ontem eu acordei chupando um limão
Ontem eu acordei chupando um limão
Radiohead – Everthing in its
segunda-feira, julho 23, 2007
Alguns filmes tem o dom de nos fazer sentir desconfortáveis. Uma simples impressão de que você conhece ou gostaria de conhecer o que está diante de seus olhos. Uma inveja boba, uma pergunta que paira: "será que isso existe realmente?". Mas o quê existe realmente, o que você quer saber se é verdade?
Um olhar falso na tela do cinema que você gostaria que fosse com você e que fosse real, risadas que ecoam numa sala vazia, a docilidade e a aspereza em um mesmo instante no êxtase (S.M. 1 - estado de quem se encontra como que transportado para fora de si e do mundo sensível, por efeito de exaltação mística ou de sentimentos muito intensos de alegria, prazer, admiração, temor reverente), gentilezas mínimas, dores silenciosas, arroubos de loucura, simples sutilezas.
Não entendo o que me leva a querer isso, não sei se acho que uma relação assim possa existir. Acredito e não acredito. Acredito porque as vezes ela não me parece tão distante. Não acredito por não ser muito capaz de acreditar em "finais felizes" , mesmo quando ele não é feliz nem é um final e por mesmo quando ele está ao lado, está sempre por um triz.
sexta-feira, julho 20, 2007
O sexo é algo banal(izado). Ontem ao ligar a Tv, antes mesmo da imagem surgir na tela, já podia ouvir o grande Galvão Bueno gritar “Enfia o Braço”, "Enfia o braço nelas", “Agora sim é a hora de enfiar o braço” e coisas semelhantes. Pois é, Fist Fucking sendo incitado/divulgado até mesmo nas tardes da Tv aberta...
quinta-feira, julho 19, 2007
Acordar por volta das seis da manhã, definitivamente não é nada agradável. Se ao menos fosse um acordar programado, uma intimação para algo exterior como um trabalho (coisa comum ao seres), não haveria do que reclamar, não muito. Seria pelo menos algo remunerado (!). Porém despertar as seis, no mais puro ócio corrosivo e tão pouco criativo (ultimamente), é uma tortura. O dia passa a render muito mais, você passa a ver noticiários, analisar o método de persuasão dos programas considerados femininos e também daqueles chamados “infantis” para crianças. Isso até que pode ser útil para um radialista em formação, mas como não acredito na classe comunicativa de comunicação nacional, de nada me adianta. Tudo acaba mesmo em desencontros completamente desnecessários e não desejados. Você quer falar com alguém, não pode, é muito cedo. Alguém quer falar com você, não consegue, esta dormindo. E assim por diante. Por atos não concluídos, maior o anseio, maior a necessidade pelo próximo tão pouco imediato. E ainda assim quando digo que a insônia me faz bem, não acreditam.
terça-feira, julho 17, 2007
sábado, julho 14, 2007
Nessa semana uma das minhas esperas terminou. Pra bem ou mal, assisti “Cão Sem Dono”, quinto e mais recente longa do Beto Brant, realizado em co-direção com Renato Ciasca.
Esse é exatamente o tipo de filme que mais odeio, não por achar ruim, de baixa qualidade ou qualquer coisa do gênero, mas por gostar demais, pela proximidade atingida. Antes de ver “Cão Sem Dono”, tinha “Crime Delicado” como meu predileto dos filmes do Brant, agora essa opinião mudou, o que eu já esperava, sem desmerecer nenhum um pouco “Crime Delicado”, somente acreditava em um passo maior.
Após realizar “O Invasor”, publico e critica esperavam uma certa continuação no trabalho de Beto Brant, pra não dizer mais do mesmo, porém a peça seguinte foi justamente “Crime Delicado”, e com ele veio a ruptura, uma não moral da estória, um não começo/meio/fim, em uma não clara forma e tão pouco em néon vermelho para cegos. O que facilmente não agrada o (grande?) publico.Uns dizem que essa virada é um amadurecimento, outros que é uma tentativa de realizar um cinema jovem (!)...
sábado, julho 07, 2007
Tudo ainda lá, algumas novas, nada parece ser tão grande como antes, oito anos apenas. Não leva muito, você cai, lembra de promessas, socos e frases. Beijo morto. O frio permanece idêntico, assim como boa parte das cabeças. Sem diferença alguma, todos foram mortos, caminhando por aqui, ali também, onde esteja. Não há livro ou capuz, mas a forma de sentar ainda é a mesma, a parede se foi, mas a forma como senta ainda é a mesma. O grito é mudo e as faces sem corpo. Mudo.