quarta-feira, novembro 29, 2006
(Trecho de uma carta que eu recebi do Victor há bastante tempo. Carta, carta, com selo e carimbo. Estava com saudade de ler algo dele e como ele morreu na internet...)
terça-feira, novembro 28, 2006
Eu estava na sala de espera desde às 9:00 hs. Sra. Chuery sentada na cadeira tomando bário, algo branco, pesado e com cara de ruim. Ela ia e voltava da sala de raio x, empurrada e amarrada à uma árvore de natal.
Sem nada para fazer, a minha ocupação: observar aqueles que entravam na sala de espera. Uma mulher com a filha de uns dois anos, as conversas sobre a criança, as perguntas sobre como se chama, Carolina, a menininha, emburrada. Uma senhora espera a irmã que estava fazendo um exame, ambas em idade avançada. Uma mulher de uns cinqüenta anos, morena, dessas que você olha e tem certeza absoluta que foi linda quando nova, seu filho e o marido, este último, com mal de Parkinson em estágio avançado. Ele estava sobre efeito de medicamentos, por isso conseguia andar um pouco, mesmo com dificuldade. O filho o ajudava o tempo todo. A senhora que esperava a irmã começou uma conversa com a morena. Claro que seria sobre a doença do marido. Apesar de ser óbvio o assunto, o que mais me encantou é que a esposa não se referia com pena, culpa ou demonstrando ser o marido um peso. Falava dos planos para as férias na colônia, feliz por lá ter quarto para deficiente, escada rolante, todo o apoio dos funcionários do hotel. Do filho que a ajudava, mas que não queria ir para a praia, preferia as serras. Que as coisas são complicadas, porém tem que ser assim. Era belo ver os três. Ela contou que no estágio em que estava o marido já estava desenvolvendo Alzheimer. E ele protestou, num falar enrolado disse que se lembrava dela. Ela sorriu, passou a mão no braço dele carinhosamente e disse que sim, ele ainda se lembrava das coisas, mas eles sabiam que talvez não fosse por muito tempo.
segunda-feira, novembro 27, 2006
quarta-feira, novembro 22, 2006
Um bom alerta de que a velhice esta logo ali, na tua porta, ou ainda mesmo, mais próximo, é quando você começa a ouvir conversas alheias (não por mero voyeurismo, e sim por não poder evitar, juro), onde os tópicos são preocupações pelas quais você já passou (ou não, de certa forma).
Exemplo?
No meu caso, o vestibular, e aquelas mesmas coisas de sempre, de onde vou prestar, o que vou prestar, porque irei prestar, que merda ter de prestar....
Enfim, você lá, na mesa (várias na verdade) de um bar, sentado no canto pra variar, observando a cena como um longo, longo plano-sequência, eles nas questões já citadas e eu com a pressão, tormentos, demência e afins de um Tcc.
Tic Toc...
terça-feira, novembro 21, 2006
domingo, novembro 19, 2006
Creio que pela segunda vez, assisti um quadro do programa do Marcio Garcia na T.v Record.O nome do programa eu não lembro, desculpem, mas o nome do quadro era/é "Vai dar Namoro".Nesse quadro, um determinado número de garotas permanece sentadas à espera de candidatos, candidatos a namorados (!), eles entram um por vez e fazem uma espécie de discurso descrevendo suas personalidades magnificas.Nesse lero-lero, dizem ser: carinhosos, simpáticos, extrovertidos, românticos, que possuem carro e que, moram em uma localidade bacana.
Na maioria das vezes, os candidatos são menosprezados, um artifício corriqueiro pra isso é a desculpa da distância, "Ai Marcio, ele mora muito longe!".Isso quando não dizem que o ser é velho demais, "Ai Marcio ele tem
Vendo o quadro fiquei tentando imaginar o porque delas se acharem tão importantes e eles tão perfeitos, mas o que sei, é que ambos os lados se merecem, a modestia deve permanecer unida, humildade sabe.Depois de tanta demência pra um sábado, comecei a delirar e projetar o meu ser naquele recinto.Sim, T.v dá nisso, não que eu chegue ao ponto da personagem Sara interpretada pela Ellen Burstyin no filme Requiem para um sonho, nem mesmo tenho um vestido vermelho...
Chegaria eu no palco com uma camiseta fazendo refêrencia a alguma música do Grant Lee Buffalo ou então do Fellini, cara de sono, muro erguido, e logo trocaria algumas palavras com o experiente apresentador, talvez fizessee algum comentário em relação a sua passagem pela Emetev, ou coisa parecida.Em seguida desfilaria minhas qualidades:
Pode-se dizer que sou chato; arrogante; mala; petulante; pessimista; que quando vou ao cinema, vou pra ver o filme, e nem pense ser
- Sincero o rapaz!
Deixado algumas qualidades de fora, mas não alterando a essência, meio que travo e não consigo imaginar muito as reações depois disso, acho que somente me inscrevendo pra saber.
sábado, novembro 18, 2006
sexta-feira, novembro 17, 2006
.O.mundo.é.cruelesco.e.composto.por.seres.que.ouvem.BiOnC.além.disso.há.
pseudos.aqui.lácolá.e.por.cá.tbn.claro.q.não.se.deve.pensar.na.coleção.
coletiva.de.não.cri.cri.pq.afinal.restam.menos.esgotando-se.indo.contra.
o.q.é.improvavel.PqM.nem.mesmo.é.menosquenada.mas.ainda.assim.cai.e.
pensa.voar.voa.voa.lááááááááááá.sei.não.Parrrrrkinsn.para.todos.
quarta-feira, novembro 15, 2006
(*Por motivos tecnicos e um pouco de dom alheio, faço um re-post, de um post não meu, e sim da Shaula...)