Tentaram enforcar as palavras em uma daquelas cerimônias publicas, mas a corda acabou por romper. Há quem fale em uma nova data, há quem fale por falar e há aqueles que se calam por gostarem de cordas.
sábado, novembro 29, 2008
quinta-feira, novembro 13, 2008
segunda-feira, setembro 22, 2008
terça-feira, setembro 16, 2008
segunda-feira, setembro 08, 2008
sábado, setembro 06, 2008
Não existe dilema maior do que pensar em dormir mas ter preguiça pra isso. E quando dormindo, não querer acordar. Pior apenas quando sei que vou ter que acordar em um determinado horário. Fico pensando e pensando nisso e acabo deixando de dormir, já quando consigo, o tempo é insuficiente. Então a preguiça em acordar novamente, o arrependimento por não ter ido dormir antes do que fui e aquela vontade de apagar o mundo no meu travesseiro. Motivos para deixar de dormir são inúmeros, pra acordar são poucos.
quarta-feira, agosto 20, 2008
terça-feira, agosto 19, 2008
segunda-feira, agosto 18, 2008
quinta-feira, agosto 07, 2008
segunda-feira, agosto 04, 2008
quinta-feira, julho 31, 2008
quarta-feira, julho 30, 2008
A Sonia Abrão - atualmente no comando do programa “A Tarde é Sua”, veiculado pela Rede Tv - se define como uma jornalista, critica de televisão e apresentadora. Quanto ao “apresentadora”, nunca discordei, já que se pôr frente a câmeras e falar e falar e falar, qualquer ser é hábil pra isso, qualquer um. Mas quanto ao “critica”, andei pensando sobre (!) e cheguei a conclusão que também concordo com a tal definição. Afinal, falar sobre algo é uma coisa, fazer é outra. Ética nem sempre caminha com profissionalismo, se é que conseguem, diga-se. Entretanto, admito o valioso serviço que ela presta aos “grandes ícones” da tv brasileira, que tanto batem a cabeça pensando que tudo aquilo pelo que ansiaram passar, e até mesmo passaram, seria eterno. De estrelas infantis com síndrome de Peter Pan, passando por cantores popularescos sem a aura do jabá ,à ex-musas agora com rugas. Viva a tia Sonia, pelo bem humano que pratica, reciclagem é fundamental em tempos tão efêmeros que paradoxalmente nunca deixam de passar. Ela deveria ser isenta de impostos por serviços prestados à população. Outra, carisma é fundamental para uma aposentadoria, relativamente, mais segura. Sem esquecer, claro, de toda a sua beleza e sensualidade.
segunda-feira, julho 28, 2008
Boca miúda de lábios finos, cabelos presos e sandálias surradas. Pele rósea de enclausuramento por longos anos de uma puberdade travestida em bons costumes propagados entre as gerações femininas da família. Mãos pequeninas e gordas seguram um livro, que não chego a descobrir qual, seguindo o movimento ferroviário. Se deixar ela come seus próprios lábios, ou acabará engolindo por falta de atenção ou ansiedade. No dia em que se tornar mãe, nascerá uma replica mais que perfeita daquela que ouve a missa do padre marcelo na cozinha, enquanto a filha se masturba no quarto sonhando por uma trepada cara a cara.
sexta-feira, julho 25, 2008
quinta-feira, julho 24, 2008
quarta-feira, julho 23, 2008
Quando crianças a imaginação é fértil, lugar comum afirmar isso, mas não incoerente. Não há barreiras para se imaginar uns anos longe dali. Imagina aquilo que vai ter, onde estará ou fazer. Difícil é ver tudo isso do futuro. Quem se imaginava como caixa de supermercado, mãe, cobrador de ônibus ou mesmo em não mais existir? Não subestimo tais posições ou estados, só me faço ainda um pouco como aquele que imaginava.
terça-feira, julho 22, 2008
segunda-feira, julho 21, 2008
domingo, julho 13, 2008
Me falta uma boa dose de citações primorosas na ponta da língua pra ser considerado algo. Quem sabe se eu decorar algumas achadas na rede, ou até mesmo comprar um desses livros com dezenas delas. E assim, no meio de uma conversa qualquer com conhecidos ou não (de preferência), pôr em desfile minha incrível capacidade decoristica, camufladamente cult. Ser, ou melhor, me tornar digno de um “Você é Foda”, mesmo que indireto ou sem palavras pronunciadas. Frases, nomes, versos, anos, tudo cuidadosamente direcionado e selecionado. Para cada qual, uma tal, como flechas precisas para o abate.
sábado, julho 12, 2008
Somam se anos em que ouço sempre as mesmas baboseiras quando o assunto é vídeo-game, má influencia, sedentarismo, burrismo agudo e afins. O que não deixa de ser engraçado, pois o papo em voga hoje é o tal mundo convergente, tudo em apenas um. Mas esse mesmo tópico chega a ser retrogrado pra quem acompanhou a evolução dos consoles e seus acessórios. Tudo bem que hoje eu não mais posso discorrer com propriedade sobre isso, por uma mera questão de abandono provocada por teor financeiro, mas isso não me tira o direito resguardado. E convenhamos que, entre a simulação gerada por polígonos e pixels de um assassinato ou qualquer outro ato ilícito ou repudiado socialmente, armado de um controle em mãos, e sua execução fisicamente plausível, fico com a primeira opção. Mesmo que a simulação esteja presente em ambos os casos.
domingo, junho 29, 2008
segunda-feira, junho 23, 2008
domingo, junho 22, 2008
quinta-feira, junho 19, 2008
quarta-feira, junho 11, 2008
quinta-feira, junho 05, 2008
terça-feira, junho 03, 2008
quarta-feira, maio 21, 2008
Tudo soa tão sem propósito, repetições e mais repetições ao ponto de não mais possuírem um ponto referencial, manifestações nulas por completo que acabam por gerar um meio sustentável apenas pelo sonho mascarado de personalidade crível. Mas se eu mesmo digo que se o tudo não é nada, ele é muito, há uma grande possibilidade de exagero próprio. Desilusão ou não (auto diagnósticos sempre são perigosos), ludibrie-me.
quarta-feira, maio 14, 2008
domingo, maio 11, 2008
Deprimente é:
segunda-feira, maio 05, 2008
Era uma vez um ser pouco agraciado em termos de cabelo, intelecto, bom senso e tantas outras características que podem ser tidas como de bom grado, sejam elas físicas ou não físicas. Difícil seria alguma característica, boa ou nem tanto, conseguir se sobrepor àquela protuberância abdominal e sua irrefutável calvice. Sua existência e convívio com terceiros eram um grande mistério para a sociedade, talvez por culpa dos genes, do meio, ou um conjunto de fatores que desafia a lógica humana (se é que essa existe). Tendo em vista que quase nunca corpo e mente possuem a mesma idade, este ser de que falo com pouca ou nenhuma graça, foi intimado a realizar alguns exames médicos após algumas severas suspeitas que poderiam colocar sua existência
quinta-feira, maio 01, 2008
Pamela tinha dez anos quando descobriu o quão estúpida ela poderia ser em um único dia. Não que fosse estúpida todo o tempo, pelo contrário, ela sempre foi do tipo que os adultos adoram chamar de “avançada para a idade”. Mas eu, enquanto autor, não me sinto no direito de revelar a razão pela qual Pamela descobriu o quanto estúpida ela poderia ser em único dia. Não que uma revelação como esta possa alterar minha relação com ela, mas como é de conhecimento geral, personagens são tão temperamentais quanto os seus autores. Ou seja, por precaução (leia-se pavor literariamente camuflado) é recomendável profundo e total respeito por e com eles.
quarta-feira, abril 30, 2008
Sei que é difícil de entender, mas será mesmo impossível não conseguir deixar de se envolver ao mesmo tempo saber que isso pode ser um caminho sem volta? Não conseguir ficar calada e ao mesmo tempo saber que deveria?
Será mesmo impossível tomar a frente de algumas coisas por isso se tornar necessário, porém relutar ao fazer isso?
terça-feira, abril 29, 2008
sábado, abril 26, 2008
“A solidão é uma coisa boa,
mas precisamos de alguém para nos dizer isso.”
Honoré de Balzac
Carlos Drummond de Andrade
Tal busca, desesperada ou nem tanto, não me deprime. Frustrante é a representação pela representação, o fingir como ideal ou muralha. Ou ainda, o sepultamente do ser como único, em troca do nascimento de um duplo.
sexta-feira, abril 25, 2008
quinta-feira, abril 24, 2008
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quarta-feira, abril 23, 2008
terça-feira, abril 22, 2008
Como se lembrar do que jamais teve e fingir surpresa. O que me falta é a surpresa de amanhã chegando sem avisar. O que me falta é o que jamais conheci pessoalmente. Lembrar da surpresa como se a falta balbuciasse tristeza. Insípido. O que me falta é lembrar de esquecer. Lembrar e fingir respectivamente pela surpresa, como se recordasse do que jamais tive. Pessoalmente a falta me surpreende. O que me falta é pessoal. Na verdade nada me falta, me falta somente uma verdade como surpresa.
segunda-feira, abril 21, 2008
quarta-feira, abril 16, 2008
Sempre carrego em minha mochila uma garrafa com água, dessas de meio litro. Assim como sempre há alguma espécie de papel, seja folhas, cadernos, ou pequenos blocos para eventuais anotações sem prévio aviso. Também é muito comum encontrar algo comestível, como biscoitos recheados (de chocolate) e jujubas. Há um bolso destinado apenas para o lixo acumulado/produzido durante o dia, semana, ou mesmo mês (!). Não carrego guarda-chuva, mas carrego blusas, jaquetas, ou camisas de manga longa, isso porque eu tenho mania por me sentir coberto, ou isolado de alguma forma, seja como for. No entanto, as vezes (muitas vezes), o que eu desejava carregar na minha mochila seria algo como um taco de baseball, ou um machado, uma pistola automática, não sei ao certo. O que mais me atrai é a primeira opção. Avaliando, são peças fundamentais em tempos de celulares/plataformas multimídias na mão de qualquer que seja o ser, em qualquer que seja o ambiente. Isso levando em consideração apenas conseqüências provocadas por meios e deixando de lado a ignorância latente sempre
sábado, abril 12, 2008
sexta-feira, abril 11, 2008
segunda-feira, abril 07, 2008
A palavra tem cheiro?. Creio na forma. Talvez isso não passe de uma maneira estúpida e sem qualquer lógica para dar inicio à um texto quando não se possui um texto. Se bem que essa de possuir algo antes mesmo de seu nascimento/criação é sempre estranho (por falta de melhor definição). Como obter aquilo que sequer possui idéia do que possa vir a ser? (...) Prever seu estado daqui um ano, ou três? Pouco mudar, ou mesmo nada (acrescentar) é estagnar? Transforma-se por completo é revelar-se ou mera mutação? Ou uma forma de absorção? Minha parede não brilha, nem reflete. Outro ponto corriqueiro nos últimos tempos, pessoalmente (e academicamente) falando, reflete? Deveria, ao menos. O duplo, as representações, as barreiras do atraente pelo real, o vicio não perceptível. E a palavra tem cheiro? Ainda não sei. Creio na forma, porque ela se desconstrói na mesma velocidade que se cria ou até mais rápido. Veredicto irrefutável. Eis uma bela palavra, irrefutável. Parece transpirar credibilidade. Inveja é pouco, mas minha alergia não permite, ou bloqueia esforços (!). Certa vez me forcei a andar com o intuito de me perder, o êxito nunca me pareceu tão próximo (...). Eu mesmo digo que Nunca se deve dizer Nunca. Fraqueza, fiasco, covardia, nenhum deles. Fiasco me torno exemplificado a cada dia e minuto nessa estúpida insistência. Palavra pode não ter cheiro, mas memória(s) tem. Quem recorda viveu ou esta morto? Não lembro em qual serie foi, era no fundamental (antigo primeiro grau), eu, na aula de português defendi o uso dos sinais de pontuação invertidos, assim como em espanhol, aquela cara de espanto segurando o livro jamais me deixou, e tantas outras também. (¿). Acompanhadas ou não. Um souvenir de nada, uma mostra em vão, a prova como existência forçada e calculada. Lembre-se de esquecer. O medo de andar é pela não compatibilidade de perfil/ato, ou seu oposto? Talvez uma aptidão nata não reconhecida. Assim como a antiarte nada mais prova/exalta que a própria arte, a não existência somente tornaria a existência existente. E eu te pergunto se fui condenado, mais uma ou duas questões não alteram em nada tudo isso, fui? Meus olhos pobres agradecem pela devida atenção.
quinta-feira, abril 03, 2008
segunda-feira, março 10, 2008
quarta-feira, março 05, 2008
sexta-feira, fevereiro 29, 2008
quinta-feira, fevereiro 28, 2008
quarta-feira, fevereiro 27, 2008
terça-feira, fevereiro 26, 2008
quinta-feira, fevereiro 14, 2008
Só Tinha de Ser com Você
(Elis Regina e Tom Jobim)
É,
Só eu sei
Quanto amor
Eu guardei
Sem saber
Que era só
Pra você.
É, só tinha de ser com você,
Havia de ser pra você,
Senão era mais uma dor,
Senão não seria o amor,
Aquele que a gente não vê,
O amor que chegou para dar
O que ninguém deu pra você.
O amor que chegou para dar
O que ninguém deu pra você.
É, você que é feito de azul,
Me deixa morar nesse azul,
Me deixa encontrar minha paz,
Você que é bonito demais,
Se ao menos pudesse saber
Que eu sempre fui só de você,
Você sempre foi só de mim.
É, você que é feito de azul,
Me deixa morar nesse azul,
Me deixa encontrar minha paz,
Você que é bonito demais,
Se ao menos pudesse saber
Que eu sempre fui só de você,
Você sempre foi só de mim.
Eu sempre fui só de você,
Você sempre foi só de mim.
Eu sempre fui só de você,
Você sempre foi só de mim.
Eu sempre fui só de você,
Você sempre foi só de mim
terça-feira, fevereiro 12, 2008
No dia 21 de junho à meia-noite bem próximo do zênite (um pouco a oeste) há um grupo de estrelas que lembram um enorme sinal de interrogação ou gancho no céu. Esta é a constelação de Escorpião. Antares (Alfa Scorpi) é a estrela mais brilhante da constelação. Seguindo a cauda enrodilhada para o sudeste até o fim encontramos duas estrelas formando o ferrão do aracnídeo, a mais brilhante chama-se Shaula (Lambda Scorpi).
sábado, fevereiro 09, 2008
sábado, fevereiro 02, 2008
sexta-feira, fevereiro 01, 2008
terça-feira, janeiro 29, 2008
Quando eu era criança, quando minha mãe me levava na Paulista ficava olhando aqueles prédios, aquelas pessoas indo almoçar apressadas, me sentia pequena, um nada no meio de todo o tumulto. Quando entendi o que era a Paulista, decidi que queria trabalhar em tal localidade. Mais exatamente em uma certa livraria, num certo conjunto. Um dia, pelo e-mail do Cacs (Centro Acadêmico de Ciências Sociais), veio uma proposta, não para esta tal livraria, outro lugar, falando pra quem quisesse que mandasse currículo. Eu mandei, não tinha nada a perder. Fiz entrevista como quem não quer nada, me disseram que avisariam tanto se eu fosse chamada como não. O tempo passou, quase duas semanas, não acreditava mais. Até passei na frente do prédio em que fiz a entrevista e falei que eu poderia estar trabalhando ali, me disseram para eu não me apressar que eu tinha entrado, duvidei. Alguns dias depois me ligaram. E aqui estou eu. Olhando a Paulista do sexto andar, chove bastante, fui almoçar correndo e voltei, prometi que ia trabalhar durante o almoço, mas está chovendo na Paulista e não me dá vontade de correr.
segunda-feira, janeiro 28, 2008
sexta-feira, janeiro 18, 2008
terça-feira, janeiro 08, 2008
Meu desejo é decepar aquelas mãos. De engraçado isso nada tem, mas o que vale é a satisfação / punição mesmo que tardia. Deceparia aquelas mãos com um golpe cada. O sangue, agora, como aliado trabalharia.
jorrar
v. int.,
sair em jorro, com ímpeto;
formar bojo ou jorramento;
v. tr.,
fazer sair com ímpeto.
segunda-feira, janeiro 07, 2008
sábado, janeiro 05, 2008
Assim como quem não quer demonstrar interesse algum, pergunta o que ele anda fazendo da vida. De modo seco e tão banal quanto à pergunta responde que não seria nada do que ela não faria, justamente o que mais poderia temer. Não marcaram nada, troca de sentenças apenas, nada de muito inspirador ou que valesse como apaziguador de ânimos, pelo contrario. Prosseguiram por cerca de sete longos minutos, o que antes poderia ser um telefonema de um mero oi, agora parecia um confinamento em uma sala branca de alto teto. Não que agissem como estranhos, não mesmo, a impressão era oposta, um campo minado transparente e lúcido. Não havia como evitar, mesmo com sua maquina de vida por desenhos ortográficos tão próxima de si. Sem grandes progressos, somente surpresas nem tão agradáveis para um dos lados da linha, os sete dilatados minutos chegavam ao fim com uma desculpa qualquer da antes ansiosa e agora nada otimista pessoa. Também surpreso pelo que tinha acabado de acontecer, jamais poderia ter imaginado tal rumo em suas folhas amarelas, e agora sem sono, opta por passar a manhã observando o ser vivo mais próximo que consegue enxergar sem precisar se levantar, seu peixe Único.